Canção do Hidrógrafo
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Canção do Hidrógrafo

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Acompanhe a música lendo a letra no quadro abaixo.

Letra do HN Sepulveda e Música do Maestro Moacyr Geraldo Maciel


 

 

LETRA DA CANÇÃO DO HIDRÓGRAFO

I
Navegante, por onde singrares,
Louvarás nossa nobre missão,
Garantir segurança nos mares,
Segurança da navegação.
Estribilho
Nós somos do nauta a estrela guia,
Que ilumina a derrota a percorrer...
Hidrografia ! Hidrografia !
"Restará sempre muito o que fazer."

II
Se marcares ao largo o lampejo
De um farol a mostrar o caminho,
Saberás ser o nosso desejo
Que jamais tu navegues sozinho.
Estribilho
Nós somos do nauta a estrela guia,
Que ilumina a derrota a percorrer...
Hidrografia ! Hidrografia !
"Restará sempre muito o que fazer."

III
Já conheces do fundo a prumada
Sem haveres lançado o teu prumo,
Pois navegas em área sondada,
Pela carta indicamos teu rumo.
Estribilho
Nós somos do nauta a estrela guia,
Que ilumina a derrota a percorrer...
Hidrografia ! Hidrografia !
"Restará sempre muito o que fazer."

IV
Se, em batalha, o feroz inimigo
Tu combates, altivo e sem medo,
Na Esquadra, estaremos contigo,
Desvendando do mar o segredo.
Estribilho
Nós somos do nauta a estrela guia,
Que ilumina a derrota a percorrer...
Hidrografia ! Hidrografia !
"Restará sempre muito o que fazer."

V
Marinheiro, do teu passadiço,
No oceano, em um rio ou baía,
Sentirás ao teu lado o serviço
E a grandeza da Hidrografia !
Estribilho
Nós somos do nauta a estrela guia,
Que ilumina a derrota a percorrer...
Hidrografia ! Hidrografia !
"Restará sempre muito o que fazer."


 

 

A HISTÓRIA DA CANÇÃO DO HIDRÓGRAFO
Por Lucimar Luciano de Oliveira

Quando chefiava o Departamento de Instrução, em 1981, no Arsenal Velho, era vez por outra chamado pelo Diretor, Almirante Luiz Carlos de Freitas, para algumas atividades especiais.

Um dia, o Almirante me chamou e me mandou providenciar um "hino do Hidrógrafo". Pensei imediatamente no Sepulveda, conhecido poeta, e logo entramos em contato. Dei-lhe a conhecer a intenção do 01 e em poucos dias recebi a resposta afirmativa, com a letra pronta do poema, de quatro estrofes e um estribilho, cobrindo a maior parte das atividades da nossa profissão.

Mostrado o poema ao Almirante, este se referiu à necessidade de acrescentar um último tópico, para fechar o ciclo dos serviços da DHN.

Aprovada a bela letra do que viria a ser a "canção", faltava-me conseguir um compositor musical, ligado à Marinha, para completar o trabalho. Lembrei-me, então, do Maestro Moacyr Geraldo Maciel, na época regente do Coral do CIAGA, que bem eu conhecia e que tinha alcançado grande êxito com a música composta para a visita do Papa em 1980, intitulada "A bênção, João de Deus".

Liguei para o CIAGA e, no mesmo instante em que lia o poema do Sepulveda pelo telefone, já o ilustre compositor solfejava com enorme desenvoltura os primeiros sons do que seria depois nossa canção. Em menos de uma semana, o Maestro Maciel nos chamou à sua casa, a mim e ao Sepulveda, e nos mostrou a canção completa, já gravada em fita cassete.

Apresentamos, eu e Sepulveda, o resultado ao Almirante Freitas e ele ficou bastante satisfeito com o trabalho dos autores. A canção, até ali chamada de "hino do Hidrógrafo", seria lançada com pompa e circunstância no Dia do Hidrógrafo de 1981, última data festiva hidrográfica a ser comemorada na Ilha Fiscal.

Eu deveria providenciar o lançamento do "hino", a 28 de setembro, pela Banda Sinfônica do CFN e pelo Coral do CIAGA. Feitos contatos com a banda e com o coral, tanto a primeira como o segundo passaram a treinar intensivamente para a grande festa de lançamento.

Cerca de duas semanas antes do evento, o Almirante Freitas me chamou e expressou sua idéia de apresentar ao Conselho Técnico, para conhecimento e julgamento, a composição do "hino".

Preparei-me para cumprir a ordem, apresentando previamente a gravação a todos os membros do Conselho, que individualmente o aprovavam com louvor. Mas, no dia da reunião de julgamento, alguns argumentos apresentados por oficiais mais conservadores vieram a prevalecer e, finalmente, não se aprovou o lançamento do "hino" naquele ano.

O Almirante Freitas mandou cumprir a proposição do Conselho, motivo por que agradeci e dispensei a contribuição da Banda Sinfônica do CFN e do Coral do CIAGA, dando como pretexto o fato de que falecera na ocasião o Comandante de Operações Navais, Almirante Newton Braga de Faria.

Em agosto de 1983 apresentei-me em Belém para imediatar o "Saldanha", já deslocado o Departamento de Instrução para a nova sede da DHN, na Ponta da Armação. O oficial que me sucedeu na função foi o então CF Arêas, hoje (em Set/2000) Vice-Almirante, Diretor de Hidrografia.

Em Belém, recebi um telefonema do Gabinete do Ministro Maximiano, perguntando pela partitura do "hino". Informei ao Gabinete que, ao desembarcar, deixara a partitura na escrivaninha do Chefe do Departamento de Instrução.

O Diretor de Hidrografia era o Almirante Ferraciù, que fez o lançamento definitivo da agora "Canção do Hidrógrafo", creio que naquele mesmo ano de 1983.

 

 


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