Reminiscências
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Tópicos da Seção Reminiscências
Memória da Hidrografia (06)
Os trabalhos desse grande oficial de Marinha e hidrógrafo francês vieram coroar, de modo ainda mais expressivo, a enorme contribuição de seus
antecessores, Roussin, Barral e Montravel.
No comando sucessivo de três navios, Mouchez notabilizou-se por um labor incansável, que estimulou o desenvolvimento do serviço e a formação de
profissionais de hidrografia.
Percorrendo 900 milhas nos rios Paraná, Uruguai e Paraguai, até Assunção, com o "Le Bisson", realiza levantamentos, de 1857 a 1860. Em 1861, no "D'Entre-Casteaux", hidrografa Abrolhos e a costa leste, desde a Bahia até o Rio de Janeiro, apoiado pelo Primeiro-Tenente Ignácio Joaquim da
Fonseca, na Canhoneira "Itajaí".
Finalmente, o ilustre oficial consolida o sucesso de sua contribuição, no período de 1863 a 1868, cobrindo o restante do litoral brasileiro. Usava como base trabalhos anteriores, de seus compatriotas e de Vital de
Oliveira. As inúmeras cartas náuticas que publicou e, particularmente, as de Cabo Frio, São Sebastião, Sepetiba e Ilha Grande, muito contribuíram para celebrizá-lo entre os hidrógrafos nacionais.
O nome do Comandante, mais tarde Almirante Mouchez, ficou marcado como legenda de competência, dedicação e amor ao serviço, no começo de nossa
Hidrografia.
Memória da Hidrografia (07)
Sempre que possível o desembarque, estabeleciam-se estações em terra.
Determinavam-se as coordenadas por duas ou três alturas de estrelas, de cada lado do meridiano, obtidas com teodolito, ou com sextante e horizonte artificial.
A fim de definir o contorno do litoral, eram observados ângulos horizontais e verticais para pontos da costa, em cada estação; os ângulos horizontais davam o azimute e os verticais permitiam a obtenção, por cálculo, das distâncias da estação a cada ponto observado. Todos os pontos notáveis, estações, extremidades de ilhas, pontas e morros eram visados.
Desenhava-se cuidadosamente uma vista panorâmica, com indicação dos pontos observados e dos detalhes que pudessem auxiliar a construção da carta.
De dia, o navio se aproximava o mais possível da costa, com velocidade de 3 a 4 nós. De 15 em 15 ou de 30 em 30 minutos, observavam-se tangentes dos pontos notáveis, com a agulha magnética ou o círculo hidrográfico de reflexão, e realizavam-se sondagens com o prumo.
De hora em hora, o sol era observado; ao mesmo tempo, eram marcados os pontos notáveis ou alinhamentos situados na direção da respectiva reta de altura.
Por volta do meio-dia, o navio fundeava; determinava-se a latitude pela observação do sol na passagem meridiana e desenhava-se a vista do litoral.
Se não era possível desembarcar, o navio fundeava meia hora antes do
pôr-do-sol e media-se uma reta de altura; de manhã, meia hora após o nascer do sol, nova reta de altura, para cruzar com a da véspera.
Permitindo o tempo, mantinha-se uma baleeira a vela, de conserva com o navio, contornando as áreas do litoral, no limite da arrebentação, em profundidades de cinco e dez metros. Para localizar sondagens, de 15 em 15 ou de 30 em 30 minutos parava-se o navio, içava-se um sinal e visavam-se os pontos notáveis e a baleeira; simultaneamente, o oficial da baleeira media cinco ou seis ângulos entre o navio e pontos notáveis da costa.
Nas sondagens de enseadas e baías eram usados quatro escaleres. Normalmente, um dia de trabalho era suficiente.
No ponto culminante de cada uma das três ilhotas do arquipélago, as quais formam um triângulo retângulo de 1600 a 2000 metros de lado, posicionava-se uma estação com mastro visível a longa distância. Um oficial munido de teodolito e cronômetro guarnecia cada estação.
De 15 em 15 minutos o "D'Entrecasteaux" pairava e dava um tiro de canhão; os oficiais visavam simultaneamente sua chaminé e anotavam os instantes em que viam o clarão e ouviam o estampido do tiro. Os ângulos medidos e as distâncias determinadas (em função da velocidade do som) possibilitavam a determinação da posição do navio, na sua derrota em torno do parcel.
Fotos Memoráveis (02)
Memória da Hidrografia (08)
Em 1861, larga do Rio de Janeiro a Corveta Mista "Beberibe" - a vela e vapor, 7 bocas de fogo, tripulação de 120 homens. Sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Francisco Cordeiro Torres e Alvim, inicia viagem de estudos e explorações do oceano, no intuito de verificar a praticabilidade do estabelecimento de uma linha telegráfica que o astrônomo E. Liais propõe para ligar o Brasil à Europa (relatório do Ministro da Marinha, em 1862).
A "Beberibe" foi a Pernambuco, Nova Iorque, Cabo Verde, penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha, novamente Pernambuco e Rio de Janeiro. Nas muitas estações oceanográficas realizadas, sondou até 3.200 braças.
A ida a Nova Iorque teve por finalidade obter prumos especiais, em Washington. O comandante visitou o United States Coast Survey, então dirigido por James Gilliss, que substituíra o célebre M. F. Maury.
Memória da Hidrografia (09)
Nasceu em Recife, a 28 de setembro de 1829 e entrou na Academia de Marinha em 1843. É o Patrono da nossa Hidrografia e a data de seu nascimento é comemorada como o Dia do Hidrógrafo.
Em 1845, levantava o trecho de Pitimbu a São Bento, em Pernambuco, o que levou o Barão do Amazonas a mandá-lo hidrografar o Atol das Rocas.
De 1857 a 1862, no comando do Iate "Parahybano", realizou trabalhos, na costa de Alagoas, entre o rio Mossoró e o São Francisco, no Cabo Santa Marta e em Cabo Frio. Neste último ano, o Governo Imperial nomeou-o para a confecção da Carta Geral da Costa. Comandando a Canhoneira "Ipiranga", iniciou pelo sul do Rio de Janeiro a imensa tarefa.
Em 1864, suspendeu os serviços hidrográficos e assumiu o comando do Vapor de Guerra "São Francisco", realizando transporte de voluntários do Norte e do Nordeste para a área de conflito, no Paraguai.
Em 1866, trouxe da França o navio que viria a ser o Couraçado "Silvado", da Segunda Divisão de Esquadra de Operações da Guerra do Paraguai. Nele caiu mortalmente ferido a 2 de fevereiro de 1867, ao participar do bombardeio de Curupaiti e Lagoa Pires.
Detentor de inúmeras comendas nacionais e estrangeiras, Vital de Oliveira é nosso hidrógrafo padrão. Seus trabalhos permitiram avanços relevantes, antecipando o desenvolvimento da ciência cartográfica brasileira.
Memória da Hidrografia (10)
Nasceu a 9 de maio de 1837, em Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro.
De 1862 a 1864, realizou levantamentos no canal de Santa Catarina, em Laguna e em Porto Belo.
Comandou a Canhoneira "Araguari" na Batalha Naval do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, e vários outros navios, em combates diversos. Chefe da comissão demarcadora de limites do Império com o Peru, resgatou para o País muitas centenas de quilômetros de terras fertilíssimas. Disto lhe adveio, em 1873, o título de Barão de Teffé.
Organizador e primeiro diretor da Repartição Hidrográfica, em 1876, cientista e escritor, representou o Brasil em diversos congressos internacionais. Pertenceu a um grande número de instituições científicas, nacionais e estrangeiras, entre as quais o Instituto de França, ao lado do Imperador Pedro II.
Renomado hidrógrafo, teve seu levantamento hidrográfico de Santa Catarina anexado por Mouchez ao Atlas da Costa do Brasil.
O Almirante Hoonholtz, Barão de Teffé, veio a falecer em Petrópolis, a 6 de fevereiro de 1931.
ALMIRANTE AMEDÉE ERNEST BARTHÉLÉMY MOUCHEZ
MÉTODOS UTILIZADOS POR MOUCHEZ NO
LEVANTAMENTO HIDROGRÁFICO DO LITORAL BRASILEIRO
Fotos fornecidas por Daltro
A régua e o farolete - Faina com a lancha do Sirius
Desembarque do Sirius, em jangada, no Atol das Rocas
AvHi Rio Branco e Faina de Helicóptero no Sirius
Faina de Helicóptero no Sirius
Reconstrução do farolete de Mampituba
Visita do Ministro ao SSN-5
Palestra no CAMR
Almoço festivo no CAMR
Funcionários do CAMR
Culto Ecumênico no CAMR
Passagem de Comando no SSN-5
PRIMEIRA COMISSÃO OCEANOGRÁFICA
A viagem, primeira comissão oceanográfica empreendida pela Marinha do Brasil, estendeu-se de 5 de agosto de 1861 a 1° de março de 1862.
CAPITÃO-DE-FRAGATA
MANUEL ANTÔNIO VITAL DE OLIVEIRA
ALMIRANTE ANTÔNIO LUIZ VON HOONHOLTZ
BARÃO DE TEFFÉ
Em 1859, Primeiro-Tenente, na Corveta "Bahiana", professor de
Guardas-Marinha em viagem à Europa, escreve o Compêndio de Hidrografia, que veio a ser publicado em 1864, no Rio de Janeiro. Foi a primeira obra sobre hidrografia, no Brasil, trabalho premiado e de grande importância histórica.