SUBSÍDIOS (04)
Para a História da Hidrografia Brasileira


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Você está no Período (04) 1957-1965

1933-1956      1957-1965    1966-1972

De 1950 à 1959 (Parte 2)
1957

Em fevereiro é incorporado à Diretoria o NOc "Almirante Saldanha", no qual se instalou um laboratório oceanográfico (no alojamento de boreste dos guardas-marinha) e uma máquina de sondar de 5.000 metros (na plataforma de tubo de torpedos, que fora retirada). O navio conserva ainda as características de Veleiro e Navio-Escola. Neste ano efetua 162 estações oceanográficas ao largo da costa do Brasil, em cumprimento ao programa do Ano Geofísico Internacional.

A 30 de julho é lançado ao mar o Navio Hidrográfico "Sirius", no estaleiro Ishikawajima, em Tóquio.

A 11 de agosto é iniciada a reocupação da Ilha da Trindade pela Marinha, como parte do programa para o Ano Geofísico Internacional, com o desembarque efetuado pela Corveta "Solimões". A ilha fora ocupada pela Marinha durante a I Guerra Mundial, nos anos de 1924 a 1926 e durante a II Guerra Mundial. Esta quarta ocupação, confiada à Diretoria para instalação de um Posto Oceanográfico, se tornaria permanente ao terminar o "Ano Geofísico" para fins de cooperação geofísica internacional que depois se assentou.

A 10 de setembro tem início o serviço regular do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade, sob o comando do Capitão-de-Corveta Carlos Alberto de Carvalho Armando , com vida própria nas respectivas instalações e início da observação meteorológica na praia do Príncipe e no pico do Desejado.

É criado, pelo Decreto nº 42.340, de 27/9/1957, o Curso de Adaptação à Especialidade de Hidrografia e Navegação para Praças. Regulamentado este Decreto, o Ministro da Marinha, pelo Aviso nº 3.072, de 25/11/57, estabeleceu as normas para a constituição do Quadro de "HN" para Praças.

A 28 de outubro é instalado, em novo local, o Departamento de Navegação. Este Departamento, que funcionava na ilha Fiscal ocupando parte da ala Oeste do edifício principal (escritórios) e o edifício menor do Oeste (oficiais), é mudado para um edifício muito antigo, que havia servido para oficina de torneiras do Arsenal Velho, à sombra do morro de S. Bento; o edifício foi restaurado e adaptado para os escritórios (andar superior) e as oficinas (andar térreo). As obras haviam sido iniciadas em 1956.

A 20 de novembro é lançado ao mar o Navio Hidrográfico "Canopus", no estaleiro Ishikawajima, em Tóquio.

A 6 de dezembro é lançado ao mar o Navio Hidrográfico "Argus" , no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Ilha das Cobras, carreira nº 1.

Publica-se o Tomo XVI dos Anais Hidrográficos, que é o 25º número, e no qual, à página 99, é recordado o início dessa publicação. O Tomo I é referente ao ano de 1933.

1958

A 7 de janeiro é lançado ao mar o "Taurus", Navio Hidrográfico igual ao "Argus" lançado no mês anterior no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, ilha das Cobras, carreira nº 1.

A 17 de janeiro é incorporado ao Serviço da Armada o NHi "Sirius", em Tóquio. É o primeiro navio da Marinha, especialmente construído para levantamentos hidrográficos, a entrar em serviço na costa, o que ocorre aos 18 de setembro, sob o comando do Capitão-de-Fragata Maximiano Eduardo da Silva Fonseca , na foz do rio Amazonas. O navio partira de Tóquio a 8 de fevereiro e, pela rota do canal do Panamá, chegou ao Rio de Janeiro em 19 de maio, sob o comando do Capitão-de-Fragata Hélio Leite . A 12 de maio é mandado subordinar à Diretoria (Aviso nº l.088, de 8 de maio de 1958, Boletim do M.M. nº 22/1958).

A 5 de fevereiro é lançado ao mar o "Orion", Navio Hidrográfico igual ao "Argus" e ao "Taurus", anteriormente lançados, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Ilha das Cobras, carreira nº 1.

A 15 de março é incorporado ao serviço da Armada o NHi "Canopus", em Tóquio, igual ao "Sirius", lançado anteriormente. O navio partiu de Tóquio a 11 de abril e, pela rota do Canal do Panamá, chegou ao Rio de Janeiro em 17 de julho, sob o comando do Capitão-de-Fragata Rubem José Rodrigues de Mattos .

A 30 de julho é mandado subordinar à Diretoria (Aviso nº l.770, Boletim do M.M. nº 33/1958). Inicia o serviço na costa na área da carta nº l403 - Da Barra do Itapemirim ao Cabo de São Tomé - prosseguindo no ano seguinte na Baía de Camamu.

A 10 de junho são inaugurados os faroletes de Santarém e Taiá, que completam o balizamento indispensável à utilização do canal da entrada Norte do rio Amazonas para grandes navios.

A 8 de julho, aproveitando a passagem por Salvador do Navio Hidrográfico "Canopus", em viagem inaugural de Tóquio ao Rio de Janeiro, é empregado o helicóptero desse navio em apoio aos trabalhos finais de triangulação em curso na baía de Todos os Santos. Esta é a primeira vez que a Marinha emprega o helicóptero em serviço hidrográfico ; tripulantes: piloto, Capitão-Tenente Roberto Arieira ; hidrógrafo, Capitão-Tenente Luiz Carlos de Freitas .

A 7 de setembro é completada a coleção de cartas náuticas da costa do Brasil editadas pela Marinha, com a publicação da carta de compilação nº 1101 - Proximidades do Porto do Salvador - tendo sido substituídas por cartas da Diretoria, as últimas cartas de serviços estrangeiros que ainda constavam do equipamento de navegação de nossos navios. O equipamento passa então a contar com cerca de um terço de cartas de compilação de antigos levantamentos e dois terços de cartas construídas sobre levantamentos modernos, todas editadas pela Diretoria. O evento foi comunicado à Marinha em Boletim do M.M. nº 42/1958.

A 2 de outubro o Capitão-de-Mar-e-Guerra Levy Penna Aarão Reis tomou posse (Interinamente) no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 9 de outubro.

A 9 de outubro o Vice-Almirante Américo Jacques Mascarenhas Silveira tomou posse no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 6 de fevereiro de 1959.

1959

A 29 de janeiro é incorporado ao serviço da Armada, e logo entregue à Diretoria, o "Argus", primeiro navio hidrográfico da série de três navios de 45 metros construídos especialmente para levantamentos hidrográficos. Seu primeiro comandante é o Capitão-de-Corveta Julio Gonzales Fernandes , e sua primeira comissão, o prosseguimento do levantamento da Baía de Todos os Santos.

A 6 de fevereiro o Contra-Almirante Levy Penna Aarão Reis tomou posse (Interinamente) no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 22 de abril.

A 23 de abril é incorporado ao serviço da Armada o "Taurus", igual ao "Argus". Seu primeiro comandante é o Capitão-de-Corveta José Lisboa Freire , e sua primeira comissão, a de levantamento do porto de Tutóia.

A 1 de junho o Vice-Almirante Pedro Paulo de Araujo Suzano tomou posse no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 20 de outubro.

A 11 de junho é incorporado ao serviço da Armada o "Orion", igual ao "Argus" e ao "Taurus". Seu primeiro comandante é o Capitão-de-Corveta Carlos Alberto Ferreira Gomes , e sua primeira comissão o levantamento do rio Pará, juntamente com o "Sirius".

A 20 de outrubro o Vice-Almirante Adalberto de Barros Nunes tomou posse no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 2 de fevereiro de 1962.

Em dezembro é reclassificado o NOc "Almirante Saldanha" como Navio Oceanográfico (até então era Navio-Escola, embora incorporado à Diretoria), ainda que conservadas suas antigas características.

De 1960 à 1969 (Parte 1)
1960

Em março, a Corveta "Mearim" conclui os serviços de sondagem nas proximidades de São Luís e Itaqui, que permitiram a construção da 1ª edição da carta nº 412.

A 21 de março é publicado a carta nº 4010 - Do Golfo de Venezuela ao Rio Amazonas - que é a primeira carta da costa estrangeira editada pela Diretoria.

A 23 de abril realizam-se as provas escritas do Exame de Suficiência para o Curso de Adaptação à Especialidade de Hidrografia e Navegação para Praças (CAEHNP) e, dos 470 candidatos inscritos, apenas 37 são aprovados. Após os testes psicotécnicos e provas práticas a que foram submetidos os aprovados, 29 são matriculados no CAEHNP.

A 8 de junho, em cerimônia presidida pelo Diretor-Geral do Pessoal, tem início o Curso de Adaptação à Especialidade de Hidrografia e Navegação para Praças. A aula inaugural foi proferida pelo Capitão-de-Fragata Maximiano Eduardo da Silva Fonseca

A 15 de julho é executado o Levantamento do Lago de Brasília por comissão especial da Diretoria, a pedido da comissão construtora da nova capital. As "sondagens" são determinadas por restituição aerofotogramétrica executada antes do alagamento total do lago.

A 7 de outubro é empregado o telurômetro, pela primeira vez no País, em poligonal medida na ilha de Marajó, de Soure ao cabo Maguari. O chefe da equipe era o Capitão-Tenente Vicente de Paulo Galvão França .

1961

A 15 de maio é concedido o prêmio "Mérito Hidrográfico" ao Navio-Tanque "Presidente Wenceslau" da Frota Nacional de Petroleiros (Fronape) e a seu respectivo Comandante, Capitão de Longo Curso José d'Annunciação Nascimento, pela excelente contribuição prestada ao aprimoramento da cartografia náutica. O referido navio realizou, no decorrer do ano de 1960, linhas de sondagem numa extensão de 1945 milhas náuticas e enviou, regularmente, observações meteorológicas feitas ao longo do litoral.

A 18 de maio, por Aviso nº 0875 do Ministro da Marinha, é criada a Escola de Hidrografia e Navegação, destinada à formação de praças nessa especialidade.

A 7 de dezembro é montado equipamento elétrico em uma bóia luminosa na Baía de Guanabara; é o primeiro equipamento elétrico a ser montado em bóia no Brasil.

O NOc "Almirante Saldanha" efetua suas últimas comissões antes de iniciar a conversão para navio oceanográfico. As obras de remodelação programadas (que incluíam a remoção do arvoredo, construção de uma superestrutura central, supressão de parte do tombadilho e substituição do motor propulsor e rede interna) são iniciadas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro; a UNESCO contribuiu para o custeio da obra em convênio que visa ao emprego conjunto do navio para pesquisas oceanográficas.

1962

A 2 de fevereiro o Vice-Almirante Antonio Cesar de Andrade tomou posse no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 16 de novembro.

A 3 de fevereiro é iniciada a verificação do extremo leste insular do Brasil (Martim Vaz), pelo NHi "Sirius", sob o comando do Capitão-de-Fragata Julio de Sá Bierrenbach , quando em serviço hidrográfico na ilha da Trindade. É utilizado o helicóptero do navio para o desembarque.

A 13 de maio é efetuada a observação de coordenadas astronômicas do antigo farol dos penedos São Pedro e São Paulo, por oficiais do Navio Hidrográfico "Sirius", comandado pelo Capitão-de-Fragata Julio de Sá Bierrenbach . É utilizado o helicóptero do navio para o desembarque.

A 18 de maio, durante os trabalhos da VIII Conferência Hidrográfica Internacional, em Mônaco, o Vice-Almirante Alberto dos Santos Franco é eleito para o Comitê de Direção do Bureau Hidrográfico Internacional, no qüinqüênio 1962-67.

De 13 de agosto a 14 de setembro e de 28 de novembro a 20 de dezembro, o CT "Baependi" participa, respectivamente, das Operações Tridente I e II.

A 16 de novembro o Vice-Almirante Helio Garnier Sampaio tomou posse no cargo de Diretor de Hidrografia e Navegação permanecendo no cargo até 1 de fevereiro de 1966.

1963

O CT "Bertioga" participa das Operações Tridente III (de 10 de maio a 5 de junho), IV (de 27 a 31 de agosto) e V (de 1 a 17 de dezembro).

Os CT "Baependi" (de 16 de fevereiro a 21 de março) e "Bertioga" (de 20 de fevereiro a 23 de março) participam da Operação Equalant I.

De 29 de agosto a 25 de setembro, o CT "Bracui" participa da Operação Equalant II.

1964

A 23 de março é concluído o levantamento da Costa Sul segundo os modernos padrões hidrográficos, tendo, nesta data, o "Canopus" completado as sondagens até o paralelo do arroio Chuí. A 5 de dezembro terminam as obras de conversão do NOc "Almirante Saldanha" de Navio-Escola para Navio Oceanográfico. Em seguida à visita do Ministro da Marinha e outras altas autoridades, o navio parte para a primeira comissão, que é de instrução oceanográfica, sob os auspícios da UNESCO. Seu comandante é o Capitão-de-Mar-e- Guerra Paulo de Castro Moreira da Silva.

1965

A 9 de julho é criado o Centro de Sinalização Náutica e Reparos Almirante Moraes Rêgo, por Decreto nº 56.566, que absorve a Base Almirante Moraes Rêgo. Em 11 de agosto é instalado o referido Centro na ilha de Mocanguê Grande.

A 24 de agosto é instalado no cais do porto do Rio de Janeiro o Posto de Atendimento para Navios Mercantes (PANM), a fim de estabelecer contato direto entre os navegantes e a Diretoria.

Publica-se, em folheto da Diretoria, um trabalho intitulado 'História da Hidrografia nas Costas do Brasil", de autoria do Capitão-Tenente Mario Rodrigues Barreto , no qual se encontram informações detalhadas da atividade hidrográfica.

 

 


Esta página se destina ao registro histórico das atividade hidrográficas

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